Esta delícia que vem dos americanos e que se popularizou por terras brasileiras é uma tentação que pode ser consumida por vocês que não podem comer alimentos com glúten. Lembrando que a panqueca americana é grossa e alta e que a nossa lembra mais as crepes francesas, feitas com a massa fina.

Qual o maior desafio para conseguir esta receita igual à feita com a farinha de trigo? O glúten ajuda a agregar a massa, dar aquela consistência mais elástica. Mas não pode, certo? Então vamos às modificações.

Testei uma farinha de arroz, que não contém glúten, e que graças a Deus já está no mercado. Normalmente as substituições para a farinha de trigo incluem uma mistura de farinhas como o amido de milho, fécula de batata, farinha de arroz, etc. Mas resolvi fazer só com a farinha de arroz para ver o que dava. Gostei do resultado, mas preciso dar algumas dicas para quem não tem muita experiência na cozinha.

Normalmente na receita básica de panqueca, usamos a proporção de 1 xícara (chá) de leite para cada 1 xícara (chá) de farinha de trigo, 2 ovos, 2 colheres (sopa) de óleo e sal.

Para as panquecas sem glúten, se usarmos esta proporção, vai ficar muito dura. Então reduzi a quantidade de farinha de arroz . Mas daí ela fica muito líquida e parece que não vai dar certo. Então, a primeira coisa é fazer panquecas pequenas para facilitar a virada na frigideira. Quando ela começar a aquecer, ela fica firma e fica fácil fazer isso.

Mas, e para fazer esta trouxinha da foto? Um conselho. Treine bastante a panqueca normal enrolada para depois fazer neste formato. Se a massa ficar muito dura, ela vai rachar. Mas é só ir testando e vendo como fica. Por isso coloquei a xícara rasa de leite e a ½ xícara cheia de farinha de arroz para conseguir o equilíbrio. Não desista!

Esta trouxinha eu fiz com recheio de ricota e milho, mas pode ser sobras de frango, de vegetais, enfim o que você quiser. E para o molho, bati creme de leite light com beterraba cozida e uma pitada de noz-moscada para ficar mais nutritiva.

Outra dica: para amarrar, use a ciboulette, a cebolinha bem fininha. Se não encontrar, escalde rapidamente a cebolinha tradicional para ficar molinha e poder amarrar.

Vou colocar a receita e aí você resolve se quer tentar a trouxinha ou simples mesmo. Afinal, o sabor fica igual dos dois jeitos e você vai poder curtir com a sua família esta mania nacional. Bom apetite!

TROUXINHAS DE QUEIJO E MILHO
Rendimento: 6 porções 

Ingredientes
Massa
1 ovo
1 xícara (chá) rasa de leite semidesnatado
2 colheres (sopa) de óleo
1/2 xícara (chá) cheia de farinha de arroz
1 pitada de sal
Recheio
200 g de ricota
1/2 xícara (chá) de creme de leite light
4 colheres (sopa) de milho
1 colher (café) de sal
Molho
1/2 xícara (chá) de creme de leite light
1 pedaço pequeno de beterraba
1 pitada de noz-moscada
1 colher (café) de sal
Ciboulette ou cebolinha verde para amarrar

Preparo
Massa
Bata todos os ingredientes no liquidificador e reserve.
Recheio
Misture bem todos os ingredientes
Molho
Bata todos os ingredientes no liquidificador.
Montagem
Aqueça uma frigideira antiaderente, coloque um pouco da massa e espalhe bem. Deixe dourar e vire. Deixe mais um pouco até dourar. Retire da frigideira. Faça isso até acabar a massa. Coloque 1 colher (sopa) de recheio no centro de cada disco de massa e junte, formando as trouxinhas. Amarre com tirinhas de ciboulette ou de cebolinha ligeiramente aferventadas e sirva com o molho.